A Miriam sempre foi curiosa e nunca conseguiu ficar muito tempo fazendo a mesma coisa. Agora é taquígrafa e acabou me enviando uma "bíblia" para falar de sua trajetória. Ainda bem que não escreveu por símbolos. Segue um resumo do seu depoimento.
Depois de passar por vários segmentos do mercado de trabalho (e a Mescola?), resolveu fazer uma faculdade. Bem como diziam os avós italianos: "pian pian si va a lontan ou piano piano si va lontano".
"Pois é, comecei tarde, mas consegui. Fiz música na UFRGS e viola na OSPA".
Tocou em orquestras, deu aulas e fez cópias de partituras para a OSPA, tudo à mão.
"Meu traço era bonito, firme, e eu me virava copiando milhares de notas e símbolos musicais".
Uma ex-taquígrafa vendo o seu trabalho comentou: "Tens talento para a taquigrafia!".
A pergunta foi imediata: "E o que é isso?".
Deu no que deu, e hoje ela é taquígrafa-revisora concursada da Assembleia Legislativa.
Taquigrafia significa escrita rápida. É uma técnica que permite escrever na mesma velocidade com que o orador fala. Aqui podemos lembrar das traduções simultâneas de idiomas.
"Os deputados ficam lá, falando sem parar, e eu registro aquele concentrado de sabedoria por meio de símbolos. Depois transcrevo de acordo com a ortografia vigente. Pouco tempo depois os discursos já estão na internet".
Resumindo: é uma artista!
Quanto à vida pessoal ... "Casei e tenho uma filha que é a coisa mais linda do mundo. Ela se chama Alice, tem 14 anos, está aprendendo a tocar violão (porque será?) e é uma baita parceira. Meu marido se chama Newton e conheci no grupo de jovens do Pio X, nas barbas do padre Enio".
O que ela fez de mais legal nos últimos tempos foi uma viagem de volta às origens.
"Fui para a Itália e consegui encontrar a casa onde meu nono nasceu! Ninguém pode imaginar o que senti".
Choro, emoção, recordações das estórias ouvidas na infância ... pensou que o avião tivesse pousado numa das nossas linha interioranas, tipo linha 40.
Mas não; estava, sim, realizando seu sonho de menina, "parlando italiano e bestemando in dialeto".
"Tô louca para ver vocês. Beijo da Miriam".
(Para o Tiba e o Fio, eu diria: "Beijo da Mili, único apelido que tive até hoje, dado por eles").
Abaixo imagem dando idéia do que é a taquigrafia (do grego taqui = rápido e grafia = escrita), definida por todo o método abreviado ou simbólico de escrita com o objetivo de melhorar a velocidade da escrita. Fica a ressalva de que o método utilizado pela Miriam é bem diferente.
Mili! meu nome é Ana,fui esposa do Fio(Fiorenço Panizzon)temos duas filhas Caroline(21)e Clarice(13). O nosso amado Fio nos deixou farão 9 anos em fevereiro/2012. acidente de carro. Hje navegando a emoção tomou conta de mim as lagrimas..tbém.Nós temos aqui em casa varia fotos, e temos algumas da escola do Fio.Ele era engenheiro civil e tenho certeza que ia amar compartilhar com vcs a vida dele. Um abraço com todo Carinho. anaprsena@gmail.com
ResponderExcluirOlá Ana,
ResponderExcluirO Fio era um dos meus melhores amigos.
Eu estava de férias em Floripa quando li na ZH esta triste notícia. Lamentável!
Mas o que guardo são as boas lembranças.
Eu e o Fio, além de amigos, bons alunos, também jogávamos handebol juntos.
Legal que tenha gostado do blog.
Enviei e-mail sobre as fotos.
Abraços.
Almir.